Quando vou ao estrangeiro (uau, que viajada que ela é), não fico encantada com o civismo das pessoas que não cospem para o chão, nem com o trânsito que flui sem o barulho constante de buzinadelas e travagens. Em vez disso, fico sempre maravilhada com as esplanadas. Mesmo nos países mais frios, fico fascinada com a variedade de cafés e restaurantes que decoram os seus espaços exteriores com o mesmo empenho e rigor com que decoram as salas interiores. Mobiliário em madeira, sofás em plástico pós-moderno, as clássicas cadeiras de verga, toldos azuis a condizer com os guardanapos… Cá em Portugal, país do Sol constante (dizem), reinam os magníficos chapéus-de-Sol da Coca-Cola, as cadeiras e mesas da Super-Bock e os toldos que a Delta oferece a troco de mil cafés por dia. Porque é que os portugueses ainda não descobriram que não há melhor montra para o seu estabelecimento do que uma esplanada bonita, limpa, confortável, enfim, apetecível?
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