04 November 2009

Pró Natal, a minha prenda eu quero que seja...

Não, não é a minha agenda. Mas o DMail recomenda, como presente de Natal para os amigos, um magnífico conjunto de 3 rolinhos de papel higiénico decorado, para levar na mala! É a primeira vez que vejo e estou maravilhada.

Neste Natal, eu não quero ser amiga dos clientes DMail.

(Vá, amigos, não matem o cambada!)

21 July 2009

Quisstô êmóciônáda

Quisstô apáixônáda
Quêsstamor é tão grândi
Quisstô apáixônáda
E penso em txi a tôdi’nstantxe
Eiii lárá êrôô
Hmmmm láráa êrôôô

Simara casa-se com Sebastião

09 July 2009

Obras pela calada


E pela calada, lá fizeram umas obritas no terreiro do paço. Agora sim! Uma faixa para cada lado, aos esses e aos ziguezagues. Tão estreita que os pilaretes foram ceifados no minuto zero pelos pesados que por lá circularam. Agora sim! Vastos passeios para os milhares de pessoas que por lá circulam e horas de filas para quem não tem hipóteses e se vê obrigado a passar por ali de automóvel.
Ninguém pensou que se tivessem avançado o cais das colunas uns três ou quatro metros poderiam ter mantido a via dupla, desta vez a direito, e ao mesmo tempo permitiam a passagem dos peões de um modo seguro pelos passeios junto aos torreões, principalmente o torreão do lado do cais do sodré?
Ó Costa, por mim mereces saltar do poleiro pela sacanice do acto.

23 June 2009

Etiqueta

vim de férias, sítios do costume que vou manter em segredo por paparazzi reasons e para aquilo não se encher de plebeus.

mas estava eu a jantar num restaurante very picturesque onde vou há uns 7 anos, numa mesa de bancos corridos ao lado de uma família de suíços bidonville (segundo a minha babe emigrante muito entendida nos cantões), a quem eu sorri e cumprimentei e agradeci quando o restauranteiro ali me sentou e que retribuiram um sorriso amarelo de dentes pretos (sorriso abelha maia), para passados 10 minutos começarem a falar em cantonês alemão, a olhar para nós e a rir-se de comida na boca, que nem Feios Porcos e Maus a matar o pai.

:|

peguei em duas mancheias de tramoços e atirei ao ar fazendo uma menos séptica chuva dourada sobre todos nós, nos cabelos sujos de sal e volumosos, nos pratos cheios, nos copos gigantes de weissbier, nos biquinis lassos das mulheres da mesa, no rego do pai de família que estava exposto, na cabeçorra do bebé de colo que também se estava a rir de nós, o porco, e agora já sabíamos todos do que nos estávamos a rir. tirei um tremoço da orelha e comemorámos com um brinde a Babel. ou Basel, já não tenho a certeza.

22 June 2009

Gaja flutuante

Sr. Publicitário:

Precisa de vender iogurtes com sabor a banha de porco e não sabe como convencer o público? Use a imagem duma mulher de boca aberta a deliciar-se com o repasto. Precisa de vender t-shirts de alças em forro polar azul cueca e não sabe como convencer as pessoas? Use a imagem duma mulher de peitos fartos. Precisa de vender chão de madeira flutuante e não lhe ocorre ideia nenhuma? Use a imagem duma mulher, deitada de lado (uma posição extremamente confortável para escrever ao computador) de perna suficientemente aberta para se verem as cuecas.

O piso flutuante vai vender-se que nem pãezinhos quentes.

20 May 2009

Exmo. Senhor TMN,

Venho por este meio alertá-lo para a inutilidade em atrasar o processo de portabilidade do meu número para outra operadora porque não volto a carregar o cartão.

Tendo isto em conta não entendo o que tem a ganhar com o aproveitar do prazo máximo de resposta que lhe é concedido pela lei.

Aliás, visto que tenho mensagens grátis para a sua rede e o prazo legal para essa resposta termina antes do prazo de carregamento que me permite usufruir dessa modalidade, até vai perder dinheiro, e vai obrigar-me a mim a andar com dois telefones, que nem um comercial de pequena empresa de linóleos.

É uma situação desconfortável para ambos na qual apenas vislumbro uma brecha de sentido na medida em que desde que o pedido foi remetido aos seus serviços tenho sido bombardeado com publicidade como se o meu número de telefone tivesse sido escrito numa casa de banho pública.

Quanto a este tema, esgotei as palavras no dicionário para exprimir com exactidão a minha opinião aos funcionários do seu serviço de propaganda, e temo ter que entrar em despesas com um curso de árabe para alargar o leque de expressões lesa-matriarca.

Com vista a uma rápida resolução desta MERDA! agradeço uma resposta adequada que satisfaça as pretensões das duas partes, do género despachar-se.


Sem mais, subscrevo-me com apreço,

Toni

30 March 2009

Protecção de dados

As bases de dados com contactos de clientes são hoje uma coisa tão valiosa para as empresas, como as acções subirem em bolsa 50%. São ficheirinhos muuuito catitas e valiosos que podem ser vendidas, desculpem, emprestadas a outras empresas e que abrem a porta para um mundo novo.

Isso de dar o nosso número de telefone aos amigos e familiares já era. Se alguém precisar do meu número de telefone, é fácil, basta pedir a uma dessas milhentas empresas que já me tem refem numa qualquer tabelita de excel.

É mais rápido que o hi5, pois não temos que aguardar que a pessoa dê um ok num "friend request" ou correr o risco de a outra pessoa não estar ligada à net. Basta ligar e pronto... temos algum tempo para lixar o juízo a alguém, seja a que horas for.

É bom saber que tanta gente se preocupa connosco, seja para nos oferecer um cartão VISA que acumula vantagens e dá 10biliões de plafond, ou para nos convidar para um rastreio cardio-vascular no sítio tal, hora tal (sim porque devem ter visto pelo telefone que estava com má cara).

Já não bastava uma pessoa ter que ler (e fingir que percebe) as letras pequenas dos contratos de crédito, como também temos agora de ler (e fingir que é seguro) as letras pequenas dos questionários de adesão a qualquer serviço ou cartão.

26 March 2009

Isaltino Morais

Sendo este um blog de teor generalista não vou mencionar o nome do autarca envolvido num caso de corrupção e que negou hoje em tribunal ser o "monstro" que o Ministério Público tenta fazer passar num processo contra si, apenas interessado em "enriquecer e violar a lei".

Vamos então ver, "apenas" é uma palavra demasiado óbvia para abardinar, vamos ignorá-la. Comecemos em "enriquecer". O Isaltino não será de certeza a primeira das poucas pessoas na história da humanidade a não querer enriquecer (o Ghandi, a família real portuguesa) mas é de certeza a primeira a não conseguir os seus objectivos. Eu garanto-lhe Morais, não há nada mais fácil do que empobrecer. Entre em contacto comigo, tem os meus dados, sou aquele gajo a quem cobraram agora 200 euros para poder usar a minha própria casa de banho.

Já a falta de interesse em violar a lei é mais credível, e deverá ser o seu grande cavalo de batalha em tribunal. SE EU PUDESSE ROUBAR SEM VIOLAR A LEI TAMBÉM PREFERIA.

18 March 2009

Merda

recebi uma carta da câmara municipal, impecável, com o moderno logotipo da autarquia de oeiras, muita gira. era a taxa de conservação de esgotos de 2008, já com multa, porque era suposto pagá-la em setembro do ano passado.

naturalmente não recebi nada em setembro, mas isso é culpa minha por não ter lá ido perguntar, segundo a senhora que estava lá no balcão e o que eu aceito. mea culpa, disse eu. de facto não tenho actualizado o calendário gigante que tenho a forrar a parede da sala de estar com as contas que prevejo receber, e assim não dei pela falta da dita, para tirar um dia de férias e me dirigir à câmara e perguntar se estava tudo a correr bem, se precisavam que fosse eu metê-la no marco do correio para a receber em casa. e pagá-la.

mas já agora, disse eu, aqui diz "aproveitamos para informar que se encontram mais 2 processos em curso com os números tal e tal" ao que ela me respondeu pois é, de facto encontram-se, e eu relativos a quê? e ela não sei, e eu quem é que sabe, talvez ali o segurança? e ela lá ligou para algum lado ou fingiu que ligou. prá prima, acho eu.

e encontravam-se em curso os processos relativos ao pagamento do ano de 2005 e ao 2º semestre de 2006, num total que prefazia mais de 200 euros em que 80 eram juros e custos judiciais. o chico aqui do atelier disse-me "cabrão, isso pago eu por semestre sem multa" e chegámos à conclusão que a merda dele é realmente tratada enquanto que a minha é apenas aconselhada.

entretanto ao barulho eventualmente meteu-se outra funcionária qualquer que disse "mas para isso estar em tribunal tem que ter recebido um segundo aviso em casa, filomena vamos almoçar? já é meio dia e meia!" e eu mas eu não recebi nada, e ela mas nós não temos culpa que os correios não entreguem as cartas... pois não, disse eu, mea culpa.

outro colega meu passou pela mesma situação, porque só pagou pelo cocó dele, não sabia que tinha que pagar também o da namorada que vive com ele. passados uns tempos, multa sem aviso prévio: tem metade do cocó já em relaxe. relaxe, essa bela palavra da terminologia de balconista dos serviços da câmara.

se eu também tivesse a meu cargo um departamento jurídico, alguém especializado no tratamento de burocracia, cobrança de multas, de análise dos innuendos da máquina tributária, a primeira coisa que fazia era correr a chapadão todos os departamentos envolvidos em cobranças e execuções da câmara de oeiras e metia-os a conservar os esgotos com a língua.

15 February 2009

A singularidade dos plurais

Domingo de manhã, Decathlon.

Uma mãe de família:
"Olha, estão ali os fatos de treinos!"

Um colaborador da loja:
"Se escolher este modelo fica com um téni muito bom!"

03 February 2009

Menísterio das finamssas

» Em 2004 eu e a Tadita comprámos uma casinha.
» Como qualquer comum mortal, entregámos a papelada para ficar isento do IMI ou do IMT ou do MIT, whatever!
» No fim de 2008 recebemos duas cartas das finanças, uma para cada, a dizer que devemos x cacau relativo a 2004.
» Como supostamente tinhamos direito à isenção, a Tadita reservou uma manhãzita para ir às finanças ver o que se passava.
» Antes da Tadita ter ido às finanças, recebemos mais duas cartas, uma para cada, a dizer que estamos isentos de pagar a cenaita.
» Entretanto, a Tadita vai às finanças só para garantir que o assunto fica encerrado e que está tudo ok.
» O Sr. Gesubaldo garante que está tudo ok e não é preciso pagar népia.
» Já em 2009 recebemos mais duas cartas, uma para cada, a dizer que temos que pagar x cacau relativo a 2004.
» Dass!

02 February 2009

Cheguei pessoal!

Bem, por fim lá atinei com 0 convite do Humberto para escrever aqui.
É que quando vi o nome do blog pensei que quem aqui deixava impressões eram os nossos governantes e não me quis misturar... esperei para ver e como afinal não encontrei aqui posts assinados por pseudo-engenheiros-ou-contribuintes-ou-gente-que-trabalha e cá estou.

Queria ir hoje à Sé ouvir os Cantos Gregorianos mas ainda não arranjei coragem para dizer aos meus filhos que hoje não jantam porque eu não vou lá estar... talvez até às 21h30 eu arranje uma boa explicação. Senão, paciência, vou pra casa, faço um belo souflée e contribuo para o equilíbrio emocional da minha prole.

Bem bom, poder escolher entre duas coisas boas - só por isso hoje é mais um dia feliz na minha vida. e ainda são 11 da manhã!!!!

Bem, agora vou trabalhar um bocado.

Até à próxima, cambada!

16 January 2009

Tijolo ou melhor... tijolinho

Não sei se esta questão já foi aqui sabiamente discutida, mas ficam aqui os meus dois tostões sobre um assunto que me irrita brutalmente... a malta que põe o télélé a partilhar música com a população!

É um contracenso da história da humanidade.
Conseguimos criar objectos cada vez mais portáteis que nos permitem ouvir música em qualquer lado. Ele foi o walkman, ele foi o discman, ele foi o ipod, ele foi o telefone com mp3... porreiro, inventámos aparelhos pequenos, leves, cheios de mariquices e que dão para guardar co*#ões de músicas.
Mas algures na evolução, houve um erro na matrix e a história do tijolo ao ombro, a bombar música para toda a gente ouvir, chocou com a história do bacano que tem um telemóvel de última geração e alta-voz.

Conclusão:
Antes ainda tinhamos só alguns corajosos que transportavam o tijolo, arriscando uma clavícula partida ou um ombro deslocado. As pilhas saíam caras e não era fácil fugir à bófia com aquilo ao ombro.
Hoje, qualquer badameco tem um telefone pequeno, com muito espaço na memória, alta-voz e que gostam de mostrar que já são gente porque têm o som "a rasgar".

Queria deixar aqui o meu pedido, não para um hitman, mas para o senhor que escreve a informação na matrix, para emendar aquilo em que se enganou. Subitamente, a época do tijolo a passar Technotronic no banco do jardim, cruzou-se com o télélé a bombar Buraka Som Sistema em pleno Lidl.

15 January 2009

Publicidade mesmo enganosa

Recebi o folheto do Media Markt, o qual apresentava um lcd de 564" da LG por um preço absurdo. Praí uns 299 euros. Oportunidade única e maravilhosa!
Pensei que seria uma bela altura para abraçar o consumismo e fritar os olhinhos num hiper mega ri-fixe ecrã. Só depois vi que estava escrito, em micro letrinhas, que o televisor para venda era de exposição e que o stock seria limitado.
Ou o Media Markt tem uma parede gigante de lcds para demonstração, todos do mesmo modelo e realmente vende barato como diz no folheto, ou então o Media Markt tem alguns lcds (entenda-se 1 ou 2) que vai vender a esse preço e esgotam em 15 segundos.
Entretanto, o cliente urso que foi lá para comprar um lcd super barato fica deprimido, mas já que ali está compra uma torradeirazinha muito jeitosa que está logo à entrada, 16 dvds em promoção de filmes do Van Damme, uma máquina de barbear ultra-sónica, um extractor de borbotos que é muito parecido com o que ele viu no catálogo do D-mail, um aquecedor para os pés em forma de coração, 3 packs de dvd-r para gravar a pirataria toda que sacou nos torrents e ainda um lcd muito mais caro do que o que ele pretendia comprar.

09 January 2009

O natal, essa época de solidariedade

O meu irmão, esse porco imigrante, viu, durante a quadra natalícia, um menino deputado que por acaso até é nosso primo a parar o seu carrão em segunda fila e a deixar os quatro piscas enquanto entrava no El Corte Inglés para fazer as comprinhas de natal de última hora. Ora aí está o exemplo.
É da família mas também leva com um post! Até porque não me deu népia no natal!

08 January 2009

30

Quando fiz 30 anos lembro-me de ter tido 2 sentimentos antagónicos.

O mais óbvio foi o peso do tempo a passar. Dos 18 aos 30 pareceram-me passar apenas 5 anos, e como diria o outro, mais 5 anos destes (agora menos) e tenho 40. Deprimente.
Mas de registar foi também a sensação ou a vontade de passar uma barreira mental, a altura em que por força do rumo da natureza eu ficasse mais maduro, menos infantil, mais respeitado, mais responsável e com mais barba. Nada disto aconteceu e o contrário tornou-se mais óbvio.

Mas aconteceu algo com que não contava. Olhei para os outros e percebi que não fui o único que não cresceu grande coisa. Descobri que a calma que aparentemente advinha da idade, a experiência, a responsabilidade, a maturidade, a hombridade, quando os havia eram apenas sintomas de um excesso de confiança, de altivez, de condescendência, de arrogância, do estarmos fartos e já não admitirmos que nos gritem ao ouvido, porque na prática as fragilidades dos seres humanos não diferem muito, e até ver, mantêm-se.
Talvez uns sejam mais optimistas que outros e isso sobressaia com a idade, mas a adolescência é para sempre, além disso tanto o optimismo como o negativismo alheios podem ser irritantes ao ponto taco de basebol, por isso nenhum deles é uma benesse.

Isto para dizer que o natal foi a merda do costume, e o meu pai ao fim de quase um ano sem me ver não só não provou nenhuma das minhas especialidades como ainda me criticou por usar roquefort. Tá velho, mas é com certeza assim desde puto.