23 June 2009

Etiqueta

vim de férias, sítios do costume que vou manter em segredo por paparazzi reasons e para aquilo não se encher de plebeus.

mas estava eu a jantar num restaurante very picturesque onde vou há uns 7 anos, numa mesa de bancos corridos ao lado de uma família de suíços bidonville (segundo a minha babe emigrante muito entendida nos cantões), a quem eu sorri e cumprimentei e agradeci quando o restauranteiro ali me sentou e que retribuiram um sorriso amarelo de dentes pretos (sorriso abelha maia), para passados 10 minutos começarem a falar em cantonês alemão, a olhar para nós e a rir-se de comida na boca, que nem Feios Porcos e Maus a matar o pai.

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peguei em duas mancheias de tramoços e atirei ao ar fazendo uma menos séptica chuva dourada sobre todos nós, nos cabelos sujos de sal e volumosos, nos pratos cheios, nos copos gigantes de weissbier, nos biquinis lassos das mulheres da mesa, no rego do pai de família que estava exposto, na cabeçorra do bebé de colo que também se estava a rir de nós, o porco, e agora já sabíamos todos do que nos estávamos a rir. tirei um tremoço da orelha e comemorámos com um brinde a Babel. ou Basel, já não tenho a certeza.

22 June 2009

Gaja flutuante

Sr. Publicitário:

Precisa de vender iogurtes com sabor a banha de porco e não sabe como convencer o público? Use a imagem duma mulher de boca aberta a deliciar-se com o repasto. Precisa de vender t-shirts de alças em forro polar azul cueca e não sabe como convencer as pessoas? Use a imagem duma mulher de peitos fartos. Precisa de vender chão de madeira flutuante e não lhe ocorre ideia nenhuma? Use a imagem duma mulher, deitada de lado (uma posição extremamente confortável para escrever ao computador) de perna suficientemente aberta para se verem as cuecas.

O piso flutuante vai vender-se que nem pãezinhos quentes.