02 September 2008

Jazz

No prédio onde moro não há gás canalizado.
Volta e meia tenho que telefonar para o senhor do gás e pedir para trazer uma bilha de gás que qualquer dia estamos a tomar banho de água fria.

Um destes fins de semana recebemos visitas. Para precaver uma hecatombe, telefono na quinta feira para o senhor do gás e peço uma bilhazita para sexta feira (é assim que funciona e, normalmente, até pedimos para o próprio dia).
-"Amigo, amanhã não dá. Só posso entregar no sábado...", diz o senhor do gás.
-"Hum... Não pode mesmo amanhã?" - e expliquei a situação.
-"Pois, compreendo, mas não dá mesmo. Levo aí no sábado. Pode ser?"
-"Ok, vou rezar um conhéx para ver se não acaba o gás."
-"Tchuss!"
-"Tchuss!"

Sexta feira à noite a vizinha de baixo diz que veio cá o senhor do gás e que como não estávamos, não deixou a bilha.
-"Fock! Tanta coisa e afinal veio hoje... Deve vir amanhã, então."

Sábado não apareceu. Telefonei:
-"Ó senhor do gás, combinamos que trazia cá a bilha hoje e até agora, nada!", refilei.
-"Eh, pá, pois é e coiso e pá e não deu...", ruminou.
-"Não vem cá ainda hoje?", implorei.
-"Eh, pá, pois é e coiso e pá e não dá...", balbuciou.

Por sorte somos uma cambada de javardos e ninguém toma banho. O gás não acabou nesse fim de semana.

Falando agora em outro tipo de gás: no ginásio onde ando, na zona do balneário onde o pessoal toma banho, é vulgar ouvir-se alguns alívios sonoros... Deve ser dos esteróides. Perdem o controlo do esfíncter.

2 comments:

Anonymous said...

aqui sim, podia ser só ao sábado :)

(para completar o último parágrafo)

Menina said...

:D :D :D