28 October 2008

Emel...

Epá... hoje insultei a Emel em vão (será possível?), virei a esquina e à distância discerni um papelito branco rectangular no parabrisas... "Filhos da puta!", soltei na calçada escura, afinal era um folheto do RESTAURANTE HIMALAIA, COZINHA NEPALEZA E INDIANA-TANDOORI. Além de me sujarem o carro ainda me enervam desnecessariamente por causa do formatozinho A6 das suas promoções, filhos da puta.

27 October 2008

E um backupzito, não?

Nunca fui grande fã do Miguel Sousa Tavares. Aliás, sempre odiei o animal.
Até tem umas opiniões válidas e com cabeça, mas quando entra em extremismos, não há saco!

Achei um piadão ao facto de terem assaltado a sua casa e de ter ficado sem um porradão de páginas de 2 futuros livros. O trabalho de 1 ano, disse.
Ainda foi choramingar para os media: "multaram-me e rebocaram o meu carro enquanto ia comprar outro computador".

Deve ser um complô. Boa!

Paraísos da ASAE 3

Seguranças... ou melhor... vigilantes!

Se pegássemos no tema Seguranças - ou vigilantes, que eles de segurança não têm nada pois se der molho, têm de chamar a polícia - teríamos pano para mangas. Acho que dava para criar um blogue só de vigilantes e suas estórias de encantar.
A última pelo qual passei, foi com uma senhora com voz monocórdica que de prestável não tinha nada. Tinha eu a intenção de chegar até Corroios no comboio da Fertagus, quando ao sair me lembrei que o meu passe só dava até ao Pragal. Nota: Se formos no sentido inverso (Sul-Lisboa), não há problema e podemos sair onde quisermos, mas se for para Sul, o passe limita cada estação.
Cheguei ao pé da madame que estava nas cancelas e disse (com aquele ar de Gato das Botas do Shrek com os olhinhos ternurentos) "Desculpe, mas não venho para aqui habitualmente e esqueci-me que o passe só dá até ao Pragal. Não posso pagar a diferença do bilhete?". A lady, com um ar de fodasse-que-eu-queria-mesmo-era-ter-entrado-na-GNR diz-me "Tem de voltar para trás ou pagar uma coima de 125 EUR".
Primeiro momento na minha cabeça: Fónix!!
Segundo momento na minha cabeça: Dasse!!
Terceiro momento na minha cabeça: Filha da P***!!!
Quarto momento na minha cabeça: Vou armar mas é já aqui um estrilho.
Mas este último momento foi rapidamente apagado pois a senhora não era GNR, mas tinha ao pé dela dois PSP que estavam à espera de alguém (como eu) que armasse estrilho.
Argumentei novamente e novamente de uma forma sensata, mas o máximo que consegui foi "Tem de voltar para trás ou pagar uma coima de 125 EUR"
Por sorte tinha um cartão perdido na carteira ainda com uma viagem, que utilizei para sair. Mesmo assim, ainda fui lá mandar vir, mas o feedback era muito limitado.

Resultado: Alguns vigilantes são uns autênticos "wannabies" que não facilitam a vida à malta. Apesar desta senhora ter um bocadiiinho de razão nas regras, bem podia levar um tirozito do hitman... vá, nas rótulas.

23 October 2008

Paraísos da ASAE 2

Magnólia no Campo Pequeno

(Não sei se por ser domingo à tarde, quando tudo é surreal) a primeira e única vez que lá entrei parecia o recinto de um concerto de marilyn manson (pós-concerto). Também parecia a primeira vez que lá entravam as empregadas de balcão, ficavam duas ou três a fazer uma só coisa como meter manteiga numa torrada, tinham o mesmo ar que as pessoas daquelas imagens imediatamente a seguir ao tsunami da tailândia, perdidas no meio dos destroços, em choque, sem saber como ajudar, sem futuro. Ninguém recolhia o lixo das mesas, acumulava-se em montes que os clientes faziam com o lixo dos anteriores ocupantes. Cadeiras tombadas, papéis sujos pelo chão e em tudo o que era superfície horizontal, um monte de cacos de uma merda qualquer no meio das mesas, uma poça de sabe-se lá o quê com bocados de bolos com creme pisados, que diminuia em 20% a área do estabelecimento.

Estive ao balcão 20 minutos para pedir cafés e até foi divertido. Estiveram quase para me dar um café frio que ali estava no meio do lixo. Alguém ao lado teve a infelicidade de pedir chocolate quente e EU VI usarem um tupperware SUJO e feio para transferir o leite para os copos onde alguém tinha juntado uma papa de chocolate (espero eu). Começaram a irritar-se umas com as outras e a berrar, com os clientes a assistir à ópera. Acho que uma delas se despediu ou foi só fumar um cigarro ou foi levar no befe, deixando a caixa sem ninguém a atender perante o espanto das mil pessoas da fila de pré-pagamento.

Quando finalmente me fui sentar, a minha esposa da época decidiu que afinal queria ainda um croissant com chicolate e eu parti-lhe o tabuleiro na cabeça. Disse-lhe que tinha visto de onde vinha o chocolate e que era melhor bebermos os cafés e fingir que nada daquilo tinha acontecido. Bazámussssss e fomos à Brasileira, mesmo ali ao lado.

22 October 2008

Paraísos da ASAE

Meus amigos, isto anda muito morto por aqui. Não me digam que de repente deixaram de se cruzar com animais no vosso dia-a-dia? As estradas deixaram de ter buracos? Os empregados dos pastéis-de-Belém passaram a ser simpáticos? Os profissionais dos Centros de Saúde passaram a ser umas jóias de pessoas, a transpirar competência por todos os poros?

Bom, como nada disto que enumerei é - ou alguma vez será - verdade, proponho um pequeno concurso para animar as hostes: "Paraísos da ASAE por descobrir". Façam as vossas propostas e votem nas propostas dos outros animais. Se não conhecerem os locais em questão, proponho visitas de estudo em autocarro de 52 lugares, em horário pós-laboral.

Como proponente do concurso, deixo a primeira sugestão: o café "A Brasileira" do Centro Comercial do Campo Pequeno. Bem sei que poderia muito bem ser "A Brasileira" original, no Chiado, onde cortam o pão das torradas com a faca que corta as laranjas para o sumo, mas seria pouco original. Toda a gente sabe que aquilo é mau. Só os estrangeiros é que não sabem que a "A Brasileira" não presta.

O lixo (sob a forma de papéis, migalhas, pó, restos de comida e outras manifestações semelhantes) abunda por todo o lado. Nas montras, os tabuleiros onde antes estavam bolos e empadas ostentam agora tristes toalhas de papel, gordurosas, às manchas. O balcão interior é um degredo de louça suja (será lavada?), tupperwares espalhados, tubos que ligam a máquina do café a um pacote de leite aberto e pousado numa prateleira junto ao chão, trilhos de borras de café, panos nojentos e... coisas no geral. Quatro microondas, todos de marcas e feitios diferentes, sujos e empilhados, não deixam ninguém confiante: ia jurar que um deles estava a funcionar com a porta entreaberta. Os azulejos das paredes há muito perderam a cor original (aquele espaço terá o quê? Um ano?). O que vale é que as clássicas prateleiras com as garrafas de álcool desviam a atenção da junta dos azulejos (reparei também que a Amêndoa Amarga era da marca Dia%). O pior de tudo era o buraco passa-pratos: a cozinha parecia palco de uma guerra civil.

Nem sei como consegui comer a torrada e a meia-de-leite. Glup.

21 October 2008

Morte aos senhores da CP

Final do dia de sábado. Gare do Oriente. Linha número um. Uma confusão desgraçada na plataforma, tudo à espera do tiro de partida para a corrida de sacos que é a entrada no Pendular. O comboio aproxima-se, ao longe. Olho para o meu bilhete e confirmo: carruagem 22. Estou com azar, a carruagem 22 acabou de passar por mim a 285km/h. Agora que o comboio parou, reparo que tenho à minha frente a carruagem 97. Boa! Só tenho de correr 5kms de autêntica gincana pela plataforma, contornando sacos e velhas e gente atrasada mental que fica a olhar para tudo de boca aberta, em poucos segundos e antes que o comboio volte a arrancar a toda a velocidade.

Uma pequena sugestão para os senhores da CP: não seriamos todos muito mais felizes se houvesse coordenação entre as designações que dão às carruagens dos comboios (por ex., o Pendular e o Intercidades terem os mesmos números de carruagem) e houvesse sempre as mesmas composições (por ex., Classe Conforto à frente, Bar no meio e Classe Turística atrás) e tudo isto estivesse indicado no chão? Assim, tal como acontece nalguns países desenvolvidos?

10 October 2008

Tê-Mê-Nê

Para a tê-mê-nê teríamos que contratar um batalhão de hitmans. A coisa podia ser complicada e difícil de organizar, mas já estou a imaginar: três em cima da estação de Entrecampos, dois no que resta do muro da Feira Popular, um a fingir que é arrumador, mais dois junto ao Gemini, outro a passar-se por romeno que lava vidros nos semáforos... tudo com uma pontaria do caneco para não ficar ninguém do 1696... e para backup... uns 20 gajos com pouca pontaria, mas armados com Kalashnikov.
Como foram muitos os incompetentes que não trataram do que estou a tentar resolver faz muito tempo, teríamos que entrar no esquema de não seleccionar alvos, mas sim abater toda a malta que saia do dito edifício "Bolo de Noiva" com uma fitinha azul ou uma camisola com o bonequinho em forma de T (e que trabalhe no 1696 claro).
Ía ser uma sangria desgraçada, mas o serviço ficava muito mais eficaz.

09 October 2008

Homens das obras!!

Depois de várias voltas a tentar encontrar estacionamento na zona do Príncipe Real, deparo-me, na Calçada Engenheiro Miguel Pais, com um senhor das obras, no meio da rua, a puxar uma corda com um balde na ponta, que outro senhor das obras lhe mandava lá de cima, cheio de entulho. Como o trânsito ia devagar deu para perceber que o dito senhor se afastava sempre que algum carro precisava passar. Quando chegou a minha vez ele não se afastou...olhou para mim e riu-se (deve ser porque eu sou gira!...) e continuou impávido e sereno, a rir-se para o outro anormal lá em cima. Eu, que já estava repassada com tantas voltas e sem paciência para graçolas, passei-lhe uma tangente com o carro e mandei-lhe com o espelho no traseiro! Ao longe só o ouvi dizer "F_ _ _-_ _!! P_ _ _!".
Este pequeno incidente matinal fez-me lembrar outra situação que já tive com senhores das obras. Uma vez no Porto caminhava eu pela Rua de Cedofeita e um destes seres disse-me: "lembia-te essa c_ _ _ toda!"; assim mesmo, lembia-te!
Mais recentemente, já em Lisboa e depois de ter feito algo a conduzir que irritou um senhor noutro carro ele gritou-me: "Deves levar pouco nessa C_ _ _ deves!"

Odeio pessoas! Especialmente homens das obras e condutores em geral.

06 October 2008

O universo em sintoniiiiiiiiiiia!

Venho confirmar a veracidade/horribilidade do post da Tadita sobre o carro com autocolantes!

Eu vi! Eu vi, com estes olhos que a terra há-de acimentar!
Foi horrendo.

Sistema Nacional de Saúde (ou não)

08h00 da manhã, sala de espera do Centro de Saúde a rebentar pelas costuras, essencialmente de pessoas idosas. Retiro a minha senha, nº 61, e olho para o visor das senhas, que vai no 86; sento-me e observo o desenrolar do atendimento, a ser feito apenas uma funcionária, tentando decidir se fico ali ou se saio a correr e compro um bilhete de avião para emigrar definitivamente:

Um senhor idoso, com dificuldade para andar, dirige-se ao balcão achando que vai ter a sua consulta marcada há meses:
Ele: bom dia, é para a Drª X.
Ela: bom dia. Olhe, ela não está!
Ele: não está? eu tenho consulta marcada...ela não vem hoje?
Ela: não faço a mínima ideia!! Se quiser espere até às 10hh00 para ver se a Drª vem, mas eu, se fosse a si, desistia! Tem é que mudar de médico que eu acho que ela nunca mais cá põe os pés!
Ele: (?!)
Ela: pois é, ela está-se a preparar para ir embora! E o pior é que não há mais médicos para os doentes dela!
Ele: então acho que é melhor esperar até às 10h00 para ver se a Drª vem...

Uma senhora idosa passa pela mesma situação do anterior e vem sentar-se na cadeira ao meu lado, começando a falar para mim:
Ela: isto é uma pouca vergonha não acha?! Estes médicos fazem o que querem!!
Eu: pois...devíamos fazer mais reclamações...
Ela: para quê?! A culpa é dos políticos!!
Eu:pois...
Ela: é uma pouca vergonha...
Eu: (...)
Ela: o meu neto tem 7 anos e a cantina da escola é num contentor...agora começou as aulas e as refeições são servidas por uma empresa, os talheres e os pratos são de plástico e depois vai tudo para o lixo!!
Eu: (...)
Ela: e depois andam a dar "Magalhães" na televisão! É uma pouca vergonha! Que país é este?!


Pois não sei.

Pingo Doce rulez!

Pela primeira vez desde a existência da humanidade (será com um "H"?) que um pacote de leite que tem escrito "abertura fácil" foi realmente fácil de abrir. Kudos para o Pingo Doce, no props para as restantes marcas.

04 October 2008

Informação rodoviária

Porque é que alguém anda com autocolantes no vidro traseiro do carro que dizem:
- "Mulher ao volante!!"
- "Traseiro virgem! Não estragar!!"

Porquê?! Porquê!! Porquê!!