30 July 2008

Lucros do BES caem 28 por cento para 264,1 milhões de euros

"Uma crise sem precedentes" foi o comentário dos famintos responsáveis do banco durante a comunicação dos resultados do primeiro semestre de 2008. Os jornalistas na conferência de imprensa estavam chocados com a palidez e as gengivas escorbúticas de Ricardo Salgado. Toda a administração compareceu num gesto de união, numa demonstração de que ninguém abandona o barco apesar da difícil tempestade e do naufrágio certo da instituição. Eram visíveis os ossos das clavículas por baixo dos Armani demasiado largos e os braços sucumbiam ao peso dos Rolex Oyster Perpetual personalizados.

Foi aberta uma conta de solidariedade para com os altos quadros no balcão da Rua da Prata cujo NIB pode ser consultado no site do BES, e vai ser lançada uma campanha de recolha de alimentos no Continente de Alfragide.

Noutro plano realacionado, o BES cobrou-me 1,12 euros por uma transferência de 10 euros. Pudera, com lucros daqueles também eu andava aí a cobrar transferências para sobreviver.

28 July 2008

fila prioritária

Não é que só depois de muitos anos de existência é que percebi o que é a "Caixa Prioritária" dos supermercados! Durante décadas, pensei erradamente que a dita caixa era para dar prioridade a idosos, grávidas, deficientes ou pessoas com crianças ao colo.
Afinal, esta rara e cobiçada caixa, é para toda a gente do supermercado excepto idosos, grávidas, deficientes ou pessoas com crianças ao colo.
Ter uma criancinha pendurada num marsupial é uma péssima ideia para ir ao supermercado. Desta forma não teremos direito a utilizar a tal "Caixa Prioritária" e a única coisa que ganhamos é ver malta com um ar muito fresco a pensar "eh, eh.. cambada de otários... eu é que sou esperto! já consegui este ano passar à frente da fila dos táxis, sacar 34 EUR ao fisco, meter-me à socapa na fila para a ponte, gamar "A Bola" no quiosque e hoje... utilizar a "Caixa Prioritária" e não ficar à espera como estes tótós... hmmm... se calhar devia levar mais qualquer coisa para além destas carcaças e das febras de porco..."

Made in Portugal

Quando vou ao estrangeiro (uau, que viajada que ela é), não fico encantada com o civismo das pessoas que não cospem para o chão, nem com o trânsito que flui sem o barulho constante de buzinadelas e travagens. Em vez disso, fico sempre maravilhada com as esplanadas. Mesmo nos países mais frios, fico fascinada com a variedade de cafés e restaurantes que decoram os seus espaços exteriores com o mesmo empenho e rigor com que decoram as salas interiores. Mobiliário em madeira, sofás em plástico pós-moderno, as clássicas cadeiras de verga, toldos azuis a condizer com os guardanapos… Cá em Portugal, país do Sol constante (dizem), reinam os magníficos chapéus-de-Sol da Coca-Cola, as cadeiras e mesas da Super-Bock e os toldos que a Delta oferece a troco de mil cafés por dia. Porque é que os portugueses ainda não descobriram que não há melhor montra para o seu estabelecimento do que uma esplanada bonita, limpa, confortável, enfim, apetecível?


No sábado fui ver a colecção Berardo. Lembrei-me que seria agradável almoçar por ali, na esplanada com vista para o Tejo. Quando olhei para o mar de mesas e cadeiras e toldos da Olá, apeteceu-me fugir.

25 July 2008

Lava-me javardo

Ontem fui lavar o carro :)
Hoje choveu :(

Tendo em conta que não chovia há 3 meses e não lavava o carro há um ano, até me considero um gajo abençoado, e espero ansiosamente pelo sorteio de hoje do Euromilho.

Mas ontem passou-me pela cabeça uma coisa muita estúpida que foi "LAVAGEM EXTRA!"
Vi a máquina fazer ao meu carro tudo o que fez aos outros, que tinham "LAVAGEM NORMAL!", mas paguei mais 3 euros.

Minto, vi a máquina dobrar-me os retrovisores para trás e para a frente, e deixá-los sem tinta do lado de fora. Foi porreiro pá!

Um café e uma ASAE

No café onde vou todos os dias tomar café, tal como já aconteceu noutros cafés onde em alguma altura da minha vida ia todos os dias tomar café, pedi hoje um café, e comecei a olhar para os bolos. A senhora disse-me "é melhor pedir uma sandes.. não sei se está a perceber o que eu quero dizer.." e por segundos passou-me pela cabeça todas as vezes que em cafés onde não era costume ir tomar café, pedi um café e um bolo, e o bolo tinha a consistência de uma bosta seca com folhas de outono agarradas e o sabor de uma maçaneta de porta pombalina. Se os bolos não são de hoje, estão aí para fazer uma açorda mais logo?

24 July 2008

Olhe, era um tiro de caçadeira naquela senhora, sff

Haverá coisa mais agradável do que almoçar com vista para uma senhora de cotovelo bem pousado em cima da mesa (para não cansar) , mão toda enfiada dentro da boca tentando, a todo o custo, tirar restos de comida dos dentes? E quando os dedos não conseguem puxar aquela febra teimosa que insiste em não sair do sítio, toca de escarafunchar com a unhaca do mindinho!

23 July 2008

Experiência mística

Mão amiga fez-me chegar mais esta a propósito de experiências mistas. Ou místicas. Cenário: Chá do Carmo. O cliente pede um pão de leite misto com manteiga. Resposta do empregado: "Misto? Exactamente o que quer dizer com isso?" Colocam licenciados, quiçá, em filosofia a servir à mesa e é no que dá.

Um bom atendimento. Not!

Preciso comprar um hubzito firewire. Não se encontram muitos e os que se encontram não são propriamente baratos. Procurei, procurei, procurei e encontrei um baratinho no site de uma loja que, por um acaso do destino, fica a 5 minutos do meu local de trabalho. Weeeeeeeeeeeeeee! Fui à loja para descobrir que quando se lê no site "stock disponível", na realidade quer dizer "stock disponível numa outra loja qualquer que não é bem esta loja mas pertence ao grupo e se o senhor não se importar vai lá buscar, sim? muito obrigado, volte sempre que temos muito gosto em servi-lo". Alguns "Daaaaaaaasses" depois, lá estava eu na outra loja.
"Sim, senhor, temos o hub, vou já buscá-lo."
Novamente, "Daaaaaaaaaaaaasses". Esperei uns 15 minutos enquanto eles procuraram a loja toda para depois dizerem: "Olhe, o rapaz do armazém já saiu e não encontramos o hub. Se calhar já não temos... Ah, viu no site? Hum... Deixe cá ver... Pois, pois, pois... Sim, temos em stock. Então de certeza que temos. Olhe deixe-me o seu contacto que amanhã sem falta envio-lhe um sms para vir cá buscar o hub. Desculpe lá... Até amanhã, então! Obrigado, Boa tarde."

Aguardo sem dormir até hoje agarrado ao telemóvel à espera do "ok" para ir buscar o hub.
Once again, "Daaaaaaaaaaaaaaaaaaass!"

20 July 2008

Going down!

Aeroporto de Lisboa. Fomos buscar uma amiguinha que veio cá passar férias.
Quatro elevadores com capacidade para 6800 pessoas. Estive, sem exagero, quase 5 minutos à espera para conseguir entrar num dos elevadores para descer ao andar do estacionamento com as malas (6800 ton) da amiguinha.
É um espectáculo deveras triste ver as pessoas a empurrarem-se e a passarem à frente umas das outras só por causa de um lugar no elevador. A grande maioria entra no elevador mesmo que ainda estejam pessoas a sair. Essa mesma grande maioria ainda não aprendeu que existem dois botões por alguma razão. Um pra subir, outro para descer. Nada disso! Carrega nos dois! A seguir, a seta que indica se o elevador vai subir ou descer é completamente ignorada e vê-se as mesmas pessoas quando abrem as portas depois de umas quantas viagens...

Mas, para variar, o crime compensa: eu é que sou o urso (não confundir com camurso) que fica educadamente à espera que chegue a minha vez e dou passagem a algumas pessoas e não tento entrar à frente de ninguém e não atiro o carrinho para a frente da porta nem o empurro contra as pessoas dentro do elevador para arranjar lugar! Sucker!

Fartava-me de rir se a porta abrisse e não estivesse lá o elevador. Era vê-los cairem todos para o bottomless pit!

Os turistas devem mesmo cóóórtir Portugal!

19 July 2008

Big badaboom!

Ontem jantámos no que considero ser um dos melhores restaurantes japoneses em LX.
Pelo menos em relação preço / QUANTIDADE / qualidade. "Quantidade" é importante. Paga-se por cabeça e come-se até explodir.
Ficámos perto da cozinha, pelo que dava para observar os japonezitos a fazer makis, nigiris e afins. Também observámos que o pessoal da cozinha usa luvas enquanto trabalha. Porreiro! Pelo menos, preocupam-se com a higiene e respeitam o que deve ser uma das normas da ASAE. Ou não. Ficámos até tarde no restaurante e vimos um dos japonezitos a jantar e depois a carreguar sacos gigantescos de lixo para a rua. Sempre com as luvas, claro.
Pelos vistos, a única semelhança com ASAE que se encontra no restaurante será a ASAHI, a cerveja japonesa.

18 July 2008

O Chiado no seu Esplendor...

Hora de almoço, final de Abril, turistas e transeuntes apressados cruzam-se em pleno Chiado, debaixo de um sol brilhante de um belo dia de Primavera lisboeta. À entrada daquela choldra conhecida como A Brasileira do Chiado, demoro-me a passar os olhos pelos títulos das revistas. A meio do escaparate, um título teimoso não se quer deixar ler e puxo um pouco a revista para cima... Numa milisegundo vejo a porta da tabacaria ali existente a abrir-se e sair de lá um ogre de sexo feminino, com um ar mal disposto, mas mesmo mal disposto. Imediatamente largo o que estava a fazer e desfaço-me em desculpas. Pelos vistos estava a conseguir desartilhar um intrincado esquema anti-roubo de revistas, de uma sofisticação que não consegui alcançar...
-Desculpe lá, desculpe lá, estava só a ver se conseguia ler os títulos, tem razão, tem razão...
Na impossibilidade de continuar a ver o que é que se passava no panorama revistal, vejo o Público perto do balcão e decido passar os olhos na 1º página, com todos os cuidados para não tocar no jornal nem sequer com um fio de cabelo, não fosse irar novamente o ogre da tabacaria.
Sempre afastada do precioso jornal, viro-me de modo a ser possível ler e dobro-me um pouco. O que eu fui fazer... O ogre salta novamente impante da tabacaria, mexendo rapidamente as suas adiposidades na minha direcção. Naquela fracção de segundo tudo me passou pela cabeça, ao ver aquele lutador de sumo a vir na minha direcção pelo canto do olho. Nisto, com a sua mão sapuda vira o jornal ao contrário, enquanto eu me desfazia novamente em desculpas e exclama a alto e bom som:
- Gosto pouco que me virem o cú!!!!
Felizmente os turistas e as pessoas que estavam ali ao lado não se aperceberam da situação, que aconteceu num dos, senão "0", cafés mais famosos de Lisboa.
Quando forem à Brasileira comprar tabaco, jornais ou revistas, dêem o dinheiro ao ogre que vos atender de longe, não vá apetecer-lhe petiscar uma mãozinha...

16 July 2008

Mistas curtas

O comentário sobre o folhado misto de queijo fez-me lembrar outra de grande calibre intelectual. Cenário: uma daquelas tascas situadas em zona de escritórios no centro de Lisboa e que, pela hora de almoço, tem as sandocas todas prontas para aviar os clientes com rapidez e eficácia. O comensal chega um pouco atrasado, numa altura em que os "stocks" já levaram uma apreciável talhada. Ainda assim, pede aquilo que lhe apetece, isto é, uma sanduíche de queijo. Resposta pesarosa do empregado do lado de lá do balcão, enquanto abana a cabeça em sinal negativo: "Já só tenho mistas." É nestas alturas que tenho pena de não andar sempre com uma motoserra à mão de semear.

Faixismo em Portugal

É verdade... os portugueses continuam a ser uns faixistas do pior.
Foi só quando começei a deslocar-me diáriamente para Lisboa, que começei a ter a verdadeira noção dos faixistas que existem em Portugal e as suas tendências de aplicar o faixismo à minima coisa.
É do conhecimento de todos que os faixistas não toleram “Bichas”.
É por esta gente não gostar de “bichas” que no outro dia ia sobrando para mim.
Perante uma “bicha” que nem era daquelas que um gaijo diz, “Fogo... Granda Bicha” vou eu na boa quando o sujeito (dado este blog acho que merece o nobre título de “Grandessissimo Animal”) que ia ao meu lado, ao ver “a bicha”, decide logo aplicar o seu faixismo numa de extrema direita.
Atenção para que não existam confusões, quando falo de faixismo, não me refiro ao termo politico/social, mas sim aos belos condutores portugueses que decidem repentinamente mudar de faixa de rodagem, estando-se nas tintas para o carro ou mota que esteja a circular ao seu lado.
Neste caso a “extrema direita” foi a manobra que ele efectuou, atravesando-se completamente à minha frente. Grandessissimo....

Groinsmilando um pouco... até breve

Actualização do fdp top ten

Conhecem aquela rua que passa em frente ao café do Herman e que vai dar ao Calvário? Sim, essa mesma que tem os carris do eléctrico.
A rua tem dois sentidos e duas faixas por sentido. As faixas à direita tem os carris do eléctrico.

O outro dia, ao passar por essa rua, estava um carro parado no meio da rua com os quatro piscas. Quando digo "no meio da rua", é isso mesmo: no meio da rua.
Rapidamente penso em vários palavrões para gritar pela janela quando passar ao lado da viatura, mas penso logo de seguida: "Taditos... Deve ser uma avaria! Só pode! Para estarem assim no meio da rua..."
Ao passar ao lado do carro, percebo que o fdp deixou o carro com os quatros piscas no meio da rua para ir à mercearia. Para não deixar o carro parado na faixa dos carris, o prezado fdp deixou o carro na faixa da esquerda, ou seja: NO MEIO DA RUA!

Morte é pouco.

Limonada, sim, mas de quê?

Antigamente, eu costumava beber limonadas. Agora, também, mas só de vez em quando, o que prova que este texto nada tem a ver com alguma mudança radical nos meus hábitos de ingestão de líquidos. Ora, estava eu numa tradicional e prestigiada geladaria (com "d" porque com "t" não consta do dicionário de português, acho eu) de Vilamoura, quando decidi pedir à empregada da caixa de pré-pagamento uma limonada. Pergunta imediata da rapariga: "Limonada de quê?" Sim, limonada de quê? De laranja? De maracujá? Há coisas que nos fazem pensar se o mundo ainda tem salvação.

15 July 2008

Só não me calha o Euromilhões...

Sábado. 12h. Um calor de morte. Praia de Carcavelos. Trezentas e oitenta e duas pessoas por metro-quadrado de areia. Depois de andar quilómetros à beira-mar à procura de um buracozinho onde estendar a toalha, lá encontro um lugar onde, com boa vontade, me consigo encaixar. Tiro os xanatos, ajeito o biquini, deito-me ao Sol. Olho para o lado e quem é que vejo? O meu querido e tão amado vizinho.

Digam-me: quais são as probabilidades reais de isto acontecer? Porquê eu? Porquê ele? Porquê?

Vacaciones Portugal!

em espanha, everything is fine
em espanha, everything is fine
em espanha, everything is fine
tu tienes a tua sensibilidade de um criador de porcos e superioridade sobre los portugueses and i've got mine.




xenofobia com a minha tia.

14 July 2008

Lost in translation

Se há coisa que me irrita no cinema e na televisão é estar a ver algo e enquanto estou a ouvir um diálogo estou a ler outro.
Não estou a falar dos fdp que conversam durante o filme nos cinemas, mas sim das traduções.
Aceito que não deve ser tarefa fácil conseguir traduzir um filme (aguardam-se comentários de um parvo qualquer). As frases feitas, o calão, as distorções do vocabulário e alguns estilos imperceptíveis – como por exemplo o Cockney rhyming slang que ouvimos em filmes como Lock, Stock and Two Smoking Barrels e Snatch – devem avacalhar com qualquer tentativa de traduzir correctamente um filme.
O que não aceito é quando a tradução é simplesmente mal feita e nem sequer compreendo como é que um "tradutor" consegue fazer um trabalho tão mau.

Kill Bill 2: Quando a nossa amiga Uma Thurman vai entrar na caravana do Michael Madsen (Budd) e leva um balázio de sal no peito, Budd diz-lhe: "Bet your sweet ass that don't sting like a bitch." A "tradução": "Aposto que isso deve cheirar muito mal." (para os mais desatentos: sting é parecido com stink)

Lost in translation: A tradução do título diz tudo.

E milhentos outros exemplos.

Deviam enfiar pedacinhos de bambu debaixo das unhas dos "tradutores". Assim, seriam obrigados a pensar muito bem antes de escrever.

Bracinhos

Eu costumava tomar café de manhã. Na verdade, agora também tomo, o que revela que o grande interesse deste texto não está na minha mudança de hábitos matinais. O cafézinho serve para ajudar a despertar mas já não tem capacidade para competir com o pessoal do bracinho. Este género de condutor surge quando está bom tempo. Baixa a janela do veículo, deixa cair o apêndice esquerdo para o lado de fora, encostado à porta, talvez para poder ir limpando o automóvel. Ao bracinho esquerdo caído, permitindo aos restantes condutores vislumbrar gestos delicados como o polegar a coçar a palma da mão, junta-se uma expressão bovina que apenas os maiores sabem afivelar. E, só com uma mão, lá vão conduzindo estrada ou rua fora. Pergunta: se é proibido manusear o telemóvel porque é perigoso conduzir apenas com uma pianha, por que motivo é permitido ao pessoal do bracinho de fora passar incólume pelo crivo das autoridades? E, já agora, outra questão: o que tem isto a ver com o café matinal? Bom, irrita-me tanto ver estes espécimes na estrada que um dia destes vou dispensar o dito como meio para estimular a tensão arterial pela manhã. Apetece-me apagar-lhes um cigarro no antebraço de cada vez que vejo um. Sim, eu fumo, há problema?

O Inglês é uma coisa muito linda!!

No meu trabalho estamos em processo de reorganização de serviços desde Janeiro deste ano. Um dos principais aspectos a mudar tem a ver com novas formas de avaliação da produtividade, quer dos serviços, quer das pessoas individualmente. Todos os dias somos bombardeados com novos conceitos, novas formas de registo do trabalho, enfim, uma confusão! Hoje a minha directora contou-nos que uma colega terá comentado que andava muito intrigada pois estava a receber um mail, mensalmente, de um tal "Bentes Marques", a pedir uns dados mensais, e ela não fazia ideia quem era o senhor. Como ninguém conhecia o dito senhor nos serviços lá se tentou averiguar melhor qual seria o pedido e, qual não foi o espanto, quando se percebeu que o mail que a colega recebe é do "Benchmarking"!!

12 July 2008

Dirty Pigs


A pedido de muitas famílias aqui vai um desenhito raquítico feito à mão, a personagem, obviamente, retrata um senhor agente das forças da autoridade.

É verdade que já passei por situações em que gostaria que pelo menos um estivesse presente, mas lá no fundo não posso com a bófia, a sua mera existência diz muito acerca da nossa incapacidade de sermos justos, honestos, inteligentes. Na maioria das vezes, a presença de um bófia perto de mim ofende-me, porque parece partir-se do princípio de que se ele não estivesse ali eu estaria certamente a cometer alguma ilegalidade. É por isso que uma das coisas que mais me chateia é quando um suspeito é baleado mortalmente enquanto fugia de um local de um crime qualquer. Esta gente nunca jogou à apanhada na escola? Ou será que também faziam batota nessa altura? O pessoal onde trabalho acha que é muito bem feito, "tiro neles", o problema é que um dia alguém com família e amigos (ou ainda pior: eu) leva uma cartuchada sem saber porquê, de um animal desses que para aí anda de pistola à cintura como se isto fosse o faroeste.

09 July 2008

Jarbas, passe por cima dessa velha que estou atrasado, se faz favor.

Se há estudos e estatísticas para tudo e mais alguma coisa, digam-me: porque é que ninguém se dedicou, ainda, a contabilizar a quantidade de acidentes e atropelamentos provocados por aqueles carros potentes, pretos e de vidros fumados, com luzinhas a piscar por todo o lado tipo árvore de Natal, que testam os limites do código da estrada só porque transportam dentro de si uma pessoa supé importante que não pode esperar 10 segundos num sinal vermelho nem dar passagem nas passadeiras como o comum dos mortais? Para a próxima, a pessoa supé importante que saia de casa 15 minutos mais cedo, é o que é!

08 July 2008

Ó amigo, eu tenho carta de condução...

Arrumadores, morram!

E mais uma bonita história em que um arrumador com a aparência da Amy Winehouse vem tentar sacar uns trocos por não ter feito absolutamente nada, a não ser aparecer a correr do fundo da rua a dizer que me guarda o carro e que está muito bem estacionado, sim, senhor.

Disse-lhe logo que não, muito obrigado. Começa a história de que está ali desde 2004 e que não é para a droga e que tem que levar algum para alimentar a mulher e os filhos e que para provar que não é para a droga, vai me mostrar a carta de condução! A carta de condução?

A avaliar pela maneira como se conduz em Portugal, até é pior para tentar me convencer das suas boas intenções para a utlização do dinheiro que recebe a arrumar carros.

-"Ó homem, tou mica para a tua carta de condução!"

07 July 2008

WTF?

Como costumo dizer, o armagedão está aí a bater à porta.
Tive a certeza quando, na semana passada, vi na rua uma miúda que não aparentava ter mais do que uns 12 anos e tinha a aparência de uma prostituta barata em final de carreira. Para piorar o aspecto, ainda segurava um cigarro na mão e tentava fumar com "estilo".

Para agravar profundamente a cena, a miúda estava acompanhada pela mãe, que parecia 6 prostitutas baratas em final de carreira e que também fumava com igual "estilo".

Lamento, mas não consigo descrever a repugnância que a cena me causou e, de qualquer maneira, como o armagedão está aí a bater à porta, para que é que estou aqui a escrever?

Adios, farewell, auf wiedersehen, goodbye!

04 July 2008

Ainda estou em choque...


E uma vez que estou numa de reciclagem, fica aqui outra pérola do Jobforhumberto:

O informático

O informático é um bicho extremamente curioso na forma como interage com os da sua espécie (o informático não interage com outras espécies, principalmente quando são necessários). Possui uma linguagem própria repleta de analogias computadorizadas que normalmente lhe permite esquivar-se a situações potencialmente desagradáveis, como por exemplo o trabalho.

02 July 2008

Don't know, don't care

Dando continuidade à saga dos médicos, contribuo com uma historinha, algo desactualizada.

O ano passado fui ao médico da caixa – o que não fazia desde 1994 – e deu para relembrar algumas das razões porque não vou ao médico da caixa.

Como mudei de casa, passei para o centro de saúde da área de residência actual, onde, como médico, foi atribuído o Dr. Imaginário. Não é o revisor do jornal 24 horas, mas um doutor inexistente. Não tenho médico atribuído. Excesso de população e falta de médicos. Ok.

Andei com uma tosse cavernosa durante uns 2 meses e, contrariado, fui ao médico.
O Dr. Imaginário 01 receitou umas bostas, as quais não fluiram. Voltei à caixa pela segunda vez em duas décadas. Levei um despachanço do Dr. Imaginário 02, que só se preocupou em receitar outras bostas e também marcar uma radiografia, umas análises e uma prova de esforço. Até poderia ter ficado convencido da eventual preocupação do Dr. 02 para com a minha saúde, mas o que me fez desconfiar que ele tava sica* para mim, foi quando eu lhe perguntei o que fazia com os resultados dos exames todos e ele respondeu com um excelente:
- "Ah! Pois... Se quiser pode mostrar a alguém."
Entendi a resposta dele como um:
- "Ó jovem, já fiz o que me compete, portantos, desampara-me a loja que eu tou mica** para ti."


Post scriptum: Peço perdão por vos ter enganado com o post do 666. É que a besta, lembrei-me, é a Doutora Zulmira, minha ex-médica da caixa.

* sica = si cagando
** mica = mi cagando

Eu sou assim... :(


Mesmo antes de chegar ao trabalho levo com um animal destes, como por acaso outros animais ao volante até tinham tentado matar-me no meu percurso de 15 km até ali, e como o dito animal me pareceu um tanto intransigente no seu pedido idiota, levou comigo a berrar-lhe bem alto quase tudo e alguma coisa. A propósito, se por acaso fores um leitor assíduo deste blog desculpa lá qualquer coisinha ó atrasado mental!... Não, agora a sério, desculpa lá, eu sou uma besta descordial

Vou ali beber um shot de Sonasol e já venho


Para quando uma publicidade a um detergente da roupa, ou mesmo da louça, que não reduza a imagem das mulheres a simples fadas-do-lar? Calgon, Neoblank Gentil, Persil, Tide, Omo… não há um anúncio decente. O bater no fundo deu-se com o nosso amigo Woolite e a sublime imagem da Marta Leite Castro (que pela inteligência que aparenta ter imagino-a numa vida paralela a fazer investigação em Física nuclear e de partículas) a entrevistar senhoras que passaram pelo drama do tingimento acidental da roupa na lavagem, como se as entrevistas que faz no programa “Só Visto” não fossem o suficiente para lhe passarmos um atestado de grave limitação intelectual. E como se a memória da histérica da Rita Salema a querer vender-nos Blanka Oxy-Action não estivesse ainda a latejar-nos na cabeça.

“Woolite. Eu uso, e nunca me preocupo.” Pois é, Marta, é esse o problema. És uma pessoa que não se preocupa, prontos.

01 July 2008

Eles andam aí

Caros companheiros deste circo que é o cambada de animais: uni-vos. Eles querem calar-nos. A partir de agora, vamos apenas postar no cambada de fofinhos, não vá alguém lembrar-se de nos silenciar.

Escolher bem os extras do carro

O post sobre a moda do pisca-pisca que nunca chegou a pegar (só mesmo na música da nossa querida e talentosa Ruth) fez me realizar que de facto os preços dos veículos que facilitam as deslocações dos animais de um lado para o outro estão muito caros. Quando num stand a minha unica explicação é os animais terem a escolha entre os piscas e os vidros eléctricos. Obviamente mais vale não avisar o próximo quando vão virar do que ter que dar a manivela para arejar o animal-o-mobil.