30 June 2008

É melhor ligar a confirmar no próprio dia...

O post Serviços públicos de saúde avivou a minha memória traumática mais recente.
Liguei para o consultório do meu ginecologista para marcar uma consulta com 1 semana de antecedência e disseram-me logo:
- sim, temos vaga toda a tarde de terça das 14H30 às 18H30.
- então pode ser. fica para as 18H.
- então por favor ligue no próprio dia para saber se o médico está cá na sua hora ou se tem de vir mais cedo.
- desculpe!! não percebi. se está marcado, está marcado...não é?
- sim, mas se o médico não tiver ninguém por exemplo a partir das 15H ele vai-se embora e assim, se quiser ligue que ele atende-a mais cedo.
- mas se eu marco para as 18 é porque não posso mais cedo e neste caso ele tem um compromisso comigo. que he parece?
- pois, mas não convém ao Dr. ficar á espera...até porque ele depois vai para a Cruz Vermelha
- o que é que eu tenho a ver com isso?
- ah...tente perceber
(......)
Ajudem-me....o que é que eu faço...eu até gostava dele!!

Segundo dia de praia do ano:

porque é que os paizinhos e as mãezinhas insistem em ter as suas criaturas nuas na praia? Pobres crianças.

29 June 2008

Serviços públicos de saúde

Na semana passada estava a tentar alterar uns exames médicos, num hospital público, por telefone:
Eu: acha que me podia marcar o mais cedo possível?
Srª do outro lado: sim, posso marcar-lhe as análises para as 09h15 e os exames para as 10h30, pode ser?
Eu: pode, mas veja lá se o intervalo de tempo é suficiente, pois normalmente as marcações para as 09h15 só acontecem lá para as 11h00...
Srª do outro lado: Não! Isso era dantes!! Agora os médicos picam o ponto e estão cá todos às 09h00!!
Eu (a pensar: como é possível isto acontecer): está-me a dizer que todas as manhãs que eu já perdi aí com marcações para as 09h00 e atendimento às 11h00/12h00 foram porque os médicos marcam os exames para as nove mas entram às 10h00 ou 11h00?!!
Srª do outro lado: pois.....

Fiquei esclarecida....

26 June 2008

Qual mau karma qual quê!

Cambada, quando o remorso e a consciência pesada por terem exagerado num qualquer Aaaaaaaaaaaargh atacam, postem no http://cambadadefofinhos.blogspot.com/ As inscrições já se encontram abertas. Os primeiros 5500 autores interessados levam para casa um panda domesticado, mais fofo é impossível

24 June 2008

Conselho aos gerentes dos restaurantes, em geral,

e ao gerente do restaurante alentejano, onde jantei ontem, em particular: não é boa ideia terem um fanhoso a servir às mesas.

- Emhhão, hãá hudo hãem? As mhigãhs eshhão boãlhinhãs? Dehehjãm mãihs vihãnod?
- … … (fiquei estática, rodando apenas os olhinhos na direcção dos meus pais, na expectativa que eles tivessem percebido o rapaz e conseguissem responder-lhe alguma coisa)
- Está tudo óptimo, obrigada, e sim pode trazer mais uma garrafa de vinho.

Atrás de mim ficava o passa-pratos para a cozinha, e de cada vez que abriam a portinhola e o rapaz dialogava com o pessoal da cozinha, eu sentia-me na Twilight Zone:

- Enhãão hão hdinha dihãdo meihãã deh rohõeds?
- Pois, tens aqui a meia de rojões com grelos.

O pior de tudo foi na parte das sobremesas. Não foi fácil perceber qual delas era a delícia de figo e a de amêndoa, e a coisa ainda ficou mais difícil de perceber depois do fanhoso tentar explicar.

Repito: não é boa ideia terem um fanhoso a servir às mesas. Mesmo que o rapaz até tenha bom aspecto, e mesmo que o desgraçado seja filho do gerente. Se a ideia de ter o restaurante for receber gente para jantar e vender refeições para fora, o fanhoso não ajuda muito o negócio.

Há coisas que só lá vão contadas com mímica. Estive vai-não-vai para fazer este post no youtube.

Ruth Marlene

Ora, se O nosso All Mighty Senhor que está no céu e olha por todos nós criou o pisca-pisca nos nossos carrinhos e motocas, deve ter tido alguma razão para se ter dado ao trabalho de perder tempo nessa útil criação.
Já que assim foi, que tal USAREM ESSA PORRA ENQUANTO CONDUZEM, Ó CAMBADA DE ENERGÚMENOS?!
VÃO SE BESUNTAR COM MEL E ESPERAR QUE PASSE A MARABUNTA!

Chamar algumas pessoas de "animais" é muito suave. Acho que vou criar o cambadadefilhosdap***.blogspot.com.

22 June 2008

As tangas da Costa de Caparica


Já tudo terá sido dito...

Primeiro dia de praia do ano

Ontem, tal como milhares de outros portugueses, também eu decidi receber o Verão de braços abertos indo à praia. Eu vi crianças cilíndricas, homens de tanga a passear-se à beira-mar, senhoras com tantas camadas de carne no corpo que algumas pareciam querer sobrepôr-se.

Vi também um homem-carpélio. Pensei que estava deitado na toalha de barriga para cima mas, quando passei mais perto e reparei que afinal aquilo eram as costas e os ombros, juro que perdi os sentidos por uns milésimos de segundo.

A ida à praia fez-me bem ao ego. Nunca antes tinha nutrido sentimentos tão próximos da simpatia pela minha celulite.

21 June 2008

Le croissant

Quaaaaaaaaaase todos os dias almoço com os meus coleguinhas de trabalho no Mr. Simmons. É perto, a comida até é porreira e o preço é aceitável.
O problema é ter que ver quaaaaaaaaaase todos os dias os mesmos trombudos que vão ao mesmo restaurante. Esses trombudos estão incluidos na percentagem de população mundial que devia morrer. Ora seja por tentarem passar à frente de quem está à espera de um lugar para sentar, ora seja por maltratarem os empregados do restaurante, ora seja por ficarem calmamente a conversar depois do cafézinho a seguir à refeição - enquanto outros esperam -, ora seja por estarem a gritar conversas, num local já de si barulhento.

Agora, o animal que estava o outro dia no balcão a comer um croissant e a beber uma buja, no seu fatinho e gravatinha - que, segundo a nossa sociedade, deverá transmitir a ideia que este senhor que se veste muito bem é o exemplo ideal que os nossos jovens devem almejar para o seu futuro -, entrou directamente para o top extermínio. O animal parecia o Steve Tyler a mastigar o croissant. O bolo alimentar do animal dava para ver mesmo que não se quisesse. Ainda por cima, estava todo nervosinho e não parava de olhar em todas as direcções, o que permitia/obrigava a que todos os presentes partilhassem da triste visão.
Como dizia mi madrecita: "Deve estar a treinar para cavalo".
Mas não se preocupem, este animal vai morrer num futuro próximo. É que quando acabou o croissant e a buja, sentou-se e almoçou. Era um aperitivo.

18 June 2008

Meu pequeno pónei


Já todos devem saber, por esta altura, que não gosto de publicidade (portuguesa e estrangeira), mas este tipo que estava no Prós e Contras desta semana a puxar pelo nosso patriotismo merece que eu mude de ideias, é que o chavalo teve mesmo muita piada, principalmente a partir do momento em que começou a perceber que o objectivo de um debate é o de confrontar ideias e de opôr argumentos. Pérolas como: "os portugueses não sabem mas o Mateus Rose é um dos produtos mais exportados e os ingleses adoram-no" seguidas de raciocínios como: tendo coisas tão boas, que até são reconhecidas pelos ingleses, os portugueses deviam ser mais felizes e menos pessimistas, pérolas como esta, dizia, logo me fizeram ganhar admiração pelo bicho, fundador de empresas de publicidade profissional. Este debate aliás, fez-me lembrar vagamente um mail que recebi há uns tempos que me ajudava a identificar nos supermercados produtos feitos em Portugal através do código de barras, a verdade é que eu não quero saber para nada de onde vêm os produtos, só quero saber se são bons e quanto custam, um agricultor no Chile trabalha certamente tanto como um português e merece tanto como este último ser recompensado por esse trabalho. A conversa deste senhor e do seu colega de mesa só me impressionou de facto pelo tom de cândida inocência com que se apelou a sentimentos básicos nacionalistas e retrógrados. E para complicar ainda mais as coisas, também se falou de futebol.

Então aqui vai, prontos.

Domingo, dia da criança. 10h. Saio de casa para estar no trabalho às 10h30.

10h25. Entro na primeira rotunda Sul da Expo, a 1min do trabalho. Reparo que a estrada principal da Expo está cheia de gente a correr, em calções e camisolas reflectoras. Corto pela Repsol e atalho caminho por dentro, pelo meio dos prédios.

10h26. Chego ao fim da Rua Pedro e Inês (a 50 metros do meu local de trabalho) e esbarro com uma fila de carros que, por sua vez, tinham esbarrado numa senhora agente da autoridade que impedia a passagem. Para quem não conhece esta rua, imaginem o cenário normal de uma qualquer rua da Expo: numa largura de estrada mínima, conseguem fazer circular o trânsito em dois sentidos e ainda arranjam forma de criar estacionamento nos dois sentidos. Desligo o carro, saio e meto-me no meio da confusão que já estava instalada.

- Isto só neste país!!! Então decidem fazer uma corrida, fecham o trânsito e nem se dignam a avisar as pessoas que o trânsito está impedido??
- Ó xenhôr, mas para onde é que voxê quer ir? (porque é que os agentes da autoridade são sempre importados das Beiras?) Para o Vasco da Gama?? O xenhor anda para tráx (como se fosse possível fazer inversão de marcha ou marcha-a-trás numa rua estreita cheia de carros por todo o lado a buzinar), volta à Repsol, vai ao Baptista Russo, vira… (e continua em modo automático a descrever o caminho)
- E como é que eu tiro a carrinha daqui?? Vocês deviam avisar era antes, não é agora!! E eu não conheço nada disto por aqui!

A gritaria continua entre vários automobilistas e a senhora PSP que, naturalmente, dava sempre as mesmas respostas. Para a coisa ser mais realista, juntem ao cenário da gritaria, a calmaria da corrida que continua a decorrer ali mesmo ao nosso lado. A corrida devia ter sido organizada por uma Univ. da Terceira Idade, ou algum Lar a precisar urgentemente de vagar camas, porque era só velhos a correr com os bofes de fora.

Decidi meter-me na confusão.
- Porque é que não colocaram sinais ou avisos dizendo que não havia trânsito nesta zona? Porque é que deixaram chegar a esta situação tampão, em que os carros tiveram todos que chegar até aqui e agora ninguém consegue sair desta rua?
- Ó menina, o papel da políxia nesta corrida é não deixar paxar ninguém daqui e pronto.
- Não, a polícia devia zelar para que haja ordem na via pública e o trânsito continue sempre a fluir. Se não for por esta estrada, têm que indicar previamente uma alternativa.
- As ordens que tenho xão para ninguém paxar.
- Mas é isso que está mal. O seu papel não devia ser apenas esse.
- A menina volta para trás, chega à Repsol, sobe para o Baptista Russo, vira…
- Mas eu quero ir aqui para o lado. Está a ver ali aquele museu? É ali.
- Ah… (coça a cabeça quando percebe que, de facto, eu não tenho alternativa nenhuma porque a corrida ocupa o único ao acesso ao Museu.) Então, a menina espera um bocadinho que isto também não há-de demorar muito. (e os velhos sempre a surgir no horizonte, de colete reflector vestido e com as línguas caídas já pelo joelho)
- Ok, eu espero, mas então a senhora vai passar-me uma declaração a justificar o meu atraso no trabalho.
- Mas qual declaraxão?! Eu não paxo declaraxão nenhuma!
- Então deixe-me passar.
- Já lhe dixe que não pode!
- Então vai ter que justificar o meu atraso.

A discussão arrasta-se por tempos infinitos até eu sentir o sangue a ferver nas veias. Chega um polícia numa mota com um ar de Rambo e faz um sorrisozinho como quem diz "Ora vamox lá a ver o que é que se paxa aqui..."

- Fazemos axim. Como eu não tenho aqui um avião para pegar em xi e no xeu carro e metê-la no Museu, a menina espera um bocadinho até que a corrida acabe e pronto!
- O senhor está a brincar comigo, não está?
- Não, não tenho aqui nenhum avião, por ixo vai ter que esperar.
- O senhor está mesmo a falar a sério comigo?

Estava. Continuámos neste amável bate-papo até às 11h. Meia horita, coisa pouca. Agora vou entregar a reclamação por escrito na Divisão de Trânsito da PSP e, de caminho, envio uma cópia para a Parque Expo.

Adenda: Eu não queria publicar isto por causa do tamanho gigante do post e por me faltar a capacidade de o resumir. Quando o escrevi, estava no auge da raiva.

16 June 2008

O polvo


Não gosto de monopólios, pelo menos daqueles que não são controlados por mim, portanto: não gosto de monopólio nenhum. Este das editoras é um dos mais recentes, felizmente nenhuma das minhas preferidas está incluída (que pedante, eu tenho editoras preferidas...). Mas para minha surpresa, esta posse concentrada de distribuição de cultura até me facilitou a vida nesta feira do livro, é que, boicotando as tais editoras, e é muito fácil identificá-las, cansei-me muito menos e gastei menos dinheiro !

Ofereçam-Lhe um aparelho auditivo


Estou-me perfeitamente nas tintas para a fraude, para o roubo e para a pouca vergonha que são estas igrejas de vão de escada, nem quero saber das outras, as ditas sérias, o que eu queria é que estes animais gritassem um pouquinho menos alto no raio das suas missas e não me acordassem ao domingo de manhã ou à hora do almoço ou a meio da tarde ou lá o que foi!

13 June 2008

Feira do Livro

Um dia destes à noite fomos à Feira do Livro. Estava eu a tentar ver uns livritos e ouço, atrás de mim, uma voz feminina a dizer "Olha p'rá aquilo!!". Não resisti e olhei também. O objecto de atenção eram duas belas morenas, cheias de curvas e decote generoso, que desciam a alameda da feira do livro, bamboleando-se em cima de uns saltos de 10 centímetros e arrancando olhares de todos em volta! A voz que tinha dito "Olha p'rá aquilo!" era uma senhora, feia, acompanhada pelo marido, gordo e feio, e pela filha adolescente, feia, que estavam com ar de quem tanto podia estar na Feira do Livro como no Colombo a ver montras. A passagem das duas jeitosas gerou uma convulsão nesta família (inveja da mãe e da filha e gula do pai) que deu origem ao seguinte diálogo:
Mãe: "São putas!!"
Filha: "Ahm! Não são nada! Vão carregadas com sacas de livros!"
Mãe: "São para a sala de espera!"
(...)
Lindo!!

12 June 2008

Anexo FZ [23a (2006/3.b-h#) 210.256.s4r-ss2fz]

Nas declarações de IRS, na secção onde podemos escolher se queremos que uma pequena percentagem do cacau que temos que pagar ao estado seja entregue a alguma entidade (Consignação de 0,5% de imposto liquidado), aparecem as seguintes opções:

> Instituições Religiosas
> Instituições Particulares de Solidariedade Social ou Pessoas Colectivas de Utilidade Pública

Sendo Portugal um estado laico (Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahahahahahahaha!) não percebo porque é as Instituições Religiosas aparecem em 1º lugar. Se calhar está por ordem analfabética.

Palhaçada...

11 June 2008

Desbaneio na gramática

- A tua mãe tá melhor?
- Oh, pá, tá com desbaneios. Só diz disparates.
- Tadita...

10 June 2008

Post Scriptum

Alguém tem o email da Sílvia Alberto?

Sílvia Alberto no more!

Eu curto a Sílvia Alberto. Acho a menina simpática.
Também curto a menina aqui da Cambada. Também é simpática.

Para mim, a Sílvia Alberto morreu.
O outro dia estava a ver um programa na TV sobre reciclagem e afins e a menina, a Sílvia, não a menina, estava em casa de umas miúdas a falar sobre os ketchups e mostardas que elas tinham no frigorífico. E não é que num programa sobre reciclagem e afins, enquanto discutiam sei lá o quê dos ketchups, a porta do frigorífico onde estavam os ditos esteve sempre aberta.
Ok, eu sei que estamos em Portugal e que o povo só se preocupa com a selecção, mas UM PROGRAMA SOBRE RECICLAGEM E AFINS E DEIXAM A BOSTA DA PORTA DO FRIGORÍFICO ABERTA DURANTE UMA PORRADA DE TEMPO ENQUANTO FALAM DE KETCHUPS, pode ser considerado, once again, um belo exemplo para passar na TV.
É motivo para um apedrejamento público.

Mas como é a Sílvia Alberto, até deixo impune.

Tomem lá qualquer coisinha

Cambada, criei o email cambadadeemails@netcabo.pt para quem quiser enviar um pedido para ser Blog Author aqui no Cambada de Animais.
Podem espalhar para os amiguinhos e para as amiguinhas.

O email era para ser tambémqueropostarnocambadadeanimais@netcabo.pt, mas o número de caracteres era demasiado extenso.
Que morram os gajos da Netcabo ou da Zon ou da pqp!

06 June 2008

Manif


Não sou mesmo nada antipático às razões que levam as pessoas a sair à rua para se manifestarem (penso até que não se faz o suficiente), até compreendo que em vez de irem avacalhar o trânsito e sujar as ruas dos nossos governantes escolham fazê-lo num local da cidade que atrapalhe ainda mais a vida dos restantes trabalhadores, o que me chateia mesmo é o espírito de excursão escolar e o entusiasmo com que se deslocam e exprimem a sua mensagem. O grupinho mais vibrante com que me cruzei (não no sentido bíblico) ontem, compunha-se de cinco padeiros de Freixo de Espada à Cinta em perseguição a uma mão cheia de esteticistas de Santa Cona do Assobio

+ 1 avacalhanço da gramática

Destroca-me aí esta moedinha para tirar um cafézinho...

05 June 2008

Dúvida:

porque é que as estradas portuguesas têm tantas tampas de esgoto? Porque é que nenhuma delas consegue estar ao mesmo nível do asfalto?

03 June 2008

Necessidade de protagonismo ou carência de amor na infância

Aborrecem-me as pessoas que precisam de ser o centro das atenções a todas as situações. Aquelas que num grupo alargado de pessoas não permitem que alguém conte uma história sem contar uma ainda melhor, nem que para isso inventem. As que não sabem ouvir os outros, a não ser quando os outros se estão a rir das suas piadas. Quando ouvem uma gargalhada repetem a mesma merda vezes sem conta e há sempre alguém, senão mesmo toda a gente, a achar imensa graça à repetição, à merda vezes três ou vezes quatro, ad infinitum. Prosseguem com um manancial não raramente pela vertente da palhaçada, e quando há uma pausa na euforia geral, voltam a uma piada de que toda a gente se riu a rodos anteriormente para garantir aquele som de gargalhada that keeps ‘em ticking. São geralmente aquelas pessoas que quando eu era mais novo e me tentava inserir num grupo difícil pegavam numa piada minha que ninguém ouviu e a repetiam mais alto, para júbilo da sala, colhendo os créditos. Quando assisto a uma performance de uma pessoa dessas há um momento em que desejo com ardor que lhe rebentem espontaneamente os testículos com espalhafato e soltem gritos afeminados de dor e vergonha.

Este post não vem a propósito do plágio que fiz do traque da selecção que o xolitos já tinha feito antes do meu e que eu naturalmente vi, porque nesse caso foi simplesmente uma paragem cerebral e um claro sinal de que o meu subconsciente é bastante mais rápido que o meu raciocínio.

02 June 2008

Será verdade? Não interessa!

Numa das conversas de café (na verdade, perto da máquina do café) alguém disse que o Cristiano Ronaldo ia sei lá para onde, yada, yada, yada, 16.500 contos por dia.
Independentemente de ser verdade ou não, está tão errado permitir-se que esta cambada de analfabetos ganhem estas quantias exorbitantes porque quando eram crianças não estudaram, baldaram-se às aulas e jogaram à bola.
Se é pelo desporto que se praticam estes ordenados, com 1 ou 2 meses de ordenados deste pessoal todo junto daria para construir vários pavilhões multidesportivos espalhados pelo país e pagar uns 15 anos de ordenados aos professores de educação física.

É uma mensagem porreira para passar às criancinhas em idade de frequentar a escola! Não estudem! Joguem à bola!

Desculpem a redundância, mas: Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaargh!

A todas as pessoas que estacionam o carro em segunda fila, mesmo que seja só 2 minutinhos para ir comprar papo-secos para o jantar: deviam levar com 1 metro de arame farpado enferrujado pelo arse acima.
E nenhum teria a vacina do tétano em dia.

Estão sempre a c*gar para os outros. Assim, já não poderiam c*gar mais!

Cambada de animais!

Cuidado


Quando está atrasado para um qualquer compromisso, o que é muito raro, pois preza a sua pontualidade, este animal é uma autêntica besta ao volante

Será fashion parecer uma esteticista?

O que se passará na cabeça de uma mulher para sair à rua com uma mola a prender o cabelo?

01 June 2008

A selecção deu um traque

Vamos então fazer um directo de 24 horas.
As pessoas estão todas a entupir o trânsito de Viseu à Rebelva para ver o traque da selecção.
Umas queixam-se que é inodoro, outras queixam-se que o Cristiano Ronaldo julga que é melhor peidorreiro do que na realidade é, vi uma que se queixava de ninguém lhe dizer adeus.
Mas na generalidade as pessoas estão contentes por haver alguém no país que ganha um quinto do produto interno bruto a peidar-se, e porque sabem que quando a selecção solta um gás elas têm uma probabilidade de 99% de aparecer na televisão se saírem à rua. E de 30% se não saírem. Depois de a selecção entrar no avião, ainda vi pessoas na 2a circular a comemorar não sei o quê, porque realmente o autocarro nem passou por ali..

É verdade que prefiro que a selecção vá ganhando jogos, porque nas noites de comemoração há montes de miúdas giras bêbadas dispostas a sorrir a estranhos (e eu nem sou assim tão estranho), mas custa-me que a comunicação social faça a apoteose do ridículo e que alguns tenham mais direitos a dar puns do que outros.